sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A Celebração

AVISO:
A epístola que hoje vos apresento é, ao contrário do que precipitadamente possam concluir, pela sua falsa tendência machista, uma informação ousada de um acontecimento já dissecado e comprovado pelas maiores e mais reconhecidas mentes do nosso universo científico.
Se, por algum motivo, hesitarem em a ler, e para vosso bem, não prossigam.


Finalmente.
Eis que finalmente chegou a maioridade.
Não a hoje banal maioridade que todos um dia (já onde vai…) almejámos. A maioridade dos 18, aquela meta que ao início de começarmos “a olhar para a sombra”, nos parece tão distante de alcançar. A maioridade da carta de condução, do poder oficialmente fumar, das jolas e dos filmes hardcore já legalmente consumidos. Mas também do “eu já tenho 18 anos, sou maior de idade e faço o que quero!!!” para acalmarmos o ânimo com o “então podes fazer as malas e farás o que quiseres na tua casa, aqui não, que esta é minha!!!” (e alguns e/ou algumas raspam-se mesmo), do podermos ainda fazer alguma merda que, mais coisa menos coisa, acabam por pagar os mesmos.
Não essa, mas passa, simbolicamente, por aí.
A maioridade que brevemente vos vou trovar é uma maioridade maior e, perdendo-me um pouco na original forma redundante como dei origem a este ligeiro e apetitoso trecho entre vírgulas só para vos alertar do permitido facto, vos confesso, muito mais agradável de constatar, e transportar.
Esta celebração que vos anuncio hoje aqui, tem intimamente a ver - qualquer adulto que honre a sua masculinidade o sabe - com os adoráveis e igualmente delicados gónadas que com orgulho transportamos, desde a quinta semana de desenvolvimento embrionário.
Com ambos os dois, simultaneamente ao mesmo tempo.
É a partir deste momento solene que podemos assumir com toda a confiança, a plenitude da sua virtualidade, da sua dupla maioridade e da sua presença, sítio certo. Agora que estão no zénite de toda a sua existência há quem agir em conformidade e não defraudar as venusianas expectativas.
O estigma das três décadas e meia não passa de um pérfido, mas voluptuoso tiro de partida para verdadeira vida artística. A "arma" está, metaforicamente, nas mãos delas.
Ele há por aí muitos que eu conheço, inclusivamente aquele que vos garatuja estas linhas, que decidem, muito a propósito, engrandecer esse momento com uma ligeira maratona aos seus bi-amigos. Só para tirar as dúvidas.
Pelo menos um par deles, nesta última quinzena.

Um comentário:

maMOCAsilva disse...

Deixou-me apreensiva, caríssimo Mestre Roberto, muito apreensiva mesmo. Será que uma qualquer indivídua que, por hábito tenha, o consumo de um indivíduo da mesma espécie com uma idade aproximada de 34 Primaveras, pode ser considerda pedófila?
Humildemente lhe peço que me elucide quanto a esta matéria (esta matéria é bom e está na moda) para que possa voltar a deormir em paz.