O Criador não era parvo, não era não. Dotou este nosso esferóide de igual número de elementos do género feminino e masculino. Não contente com semelhante façanha, deu-se ainda ao luxo de fornecer, a uns e a outros, qualidades e defeitos dignos de confirmar a famosa Lei dos Grandes Números (só muito mais tarde estudada). Até aqui, tudo na santa paz. Acontece, no entanto, que as interpretações, consciente e ponderadamente, elaboradas por cada uma das partes pelo Criador geradas, assumem contornos contrários (atenção, eu disse contrários e não incompatíveis, mas isso levar-nos-ia a uma outra discussão). Desta ambiguidade, o mais claro exemplo é esta já longa conversa sobre carros ou automóveis, ou lá o que é.
Posto isto, convém começar por dizer, galanteador Trovador, que fui elucidada mas não convencida. Quer dizer, então, que a vossa preocupação na escolha de tais objectos rolantes se prende com a, não menos vossa, vontade de nos possibilitarem momentos de inesquecível prazer? É isso? Quer dizer, então, que as inaugurações de tais caixas ambulantes obedecem a um exigente critério de selecção? É? Não acredito (nem tu...), mas fica registada a intenção. Continua, portanto, a minha atitude de pasmo perante o facto de existirem semelhantes gavetas com rodízios que ainda teimam em exibir a sua candura militante.
2 comentários:
Uma vez que o vosso, sem dúvida, brilhante intelecto não vos deixa perceber a "verdadeira verdade", avassaladora maMOCA, encontro-me na estimulante posição de vos acenar com a possibilidade de materializar tal teoria, de forma a não restarem dúvidas acerca viabilidade da mesma.
Uma fronteira muito curta entre a realidade e a ficção...
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