Caros tertulianos,
Cabe-me, sem sombra de dúvida, repor a vera essência, que se encontra sublime e engenhosamente encoberta, por uma capa de banalidade e rudeza.
A respeito do meu último contributo para esta tertúlia, Educação Sexual é…, insurgiram-se algumas vozes, causando quase um motim de desalentos e discordâncias.
Não foi este o propósito. Mas também.
Ciente da delicadeza do tema, pretendi torná-lo de interpretação ambígua sim, cedendo a razão à legitimidade de outras interpretações mais instantâneas, mas sem a pretensão de afrontar as mentes mais delicadas, apenas agitá-las e alertá-las para outras culturas, para outros horizontes. Depois de ler os comentários a este polido remate, admito que poderia ter abrilhantado o título com o dissílabo também, atenuando desta forma o primeiro impacto.
Posto isto, passo a aclarar e a descansar as vossas augustas mentes.
Considerando as amarguradas ruas, pelas quais caminham os nossos valores, vale sempre a pena, mesmo que não se verbalize, sentirmo-nos “obrigados” a retribuir, no mínimo de igual forma, em tempo real ou num futuro a curto prazo, da graça que nos foi concedida. Seja ela qual for.
Desta forma, e considerando a importância da boa educação no âmbito sexual, esse agradecimento, poderá até não ser verbalizado, para não desmoronar um momento mais íntimo, mas deverá, isso sim, ser acompanhado de atitudes e práticas retributivas, talvez na companhia de uma ligeira degustação tabágica, se for essa a praxis.
Convenhamos que existem práticas que, à luz da nossa cultura ocidental, são socialmente ostracizadas.
Observem, por exemplo, o caso dos caçadores inuik - esquimós - que dão uma importância especial aos seus hóspedes, brindando-os honradamente com a companhia mais íntima da sua esposa. Partilham princípios como a confiança, a honra, a amizade e o respeito. Da mesma forma, quem é confrontado com tal obséquio, deverá, nessa mesma base de partilha, mostrar a sua gratidão, no mínimo, com um “Oh, mas eu não merecia tal graça…não é preciso estar a incomodar a senhora. Bem, mas nesse caso, já que insiste, muito obrigado.”.
Por outro lado, em algumas culturas asiáticas é normal e tido como falta de respeito pelo anfitrião, não emitir frequentes e sonoras eructações (arrotos) após um belo repasto. É como quem diz “Estou realmente satisfeito. Muito obrigado.”.
O que seria grave, realmente grave, seria ser convocado, com toda a veneração, para um acontecimento social de alto gabarito, deleitar-se com os prazeres carnais da esposa do anfitrião e, quando finalmente se sentisse na perda de todas as suas faculdades primárias, descesse as escadas e ainda a apertar as calças, lançasse um sonoro e troante arroto, rematado com uma melódica e vociferal explanação do seu agrado, que poderia muito bem ser um “Muito obrigadoooooo!!!”
Isso é que era capaz de dar uma celeuma…
Cabe-me, sem sombra de dúvida, repor a vera essência, que se encontra sublime e engenhosamente encoberta, por uma capa de banalidade e rudeza.
A respeito do meu último contributo para esta tertúlia, Educação Sexual é…, insurgiram-se algumas vozes, causando quase um motim de desalentos e discordâncias.
Não foi este o propósito. Mas também.
Ciente da delicadeza do tema, pretendi torná-lo de interpretação ambígua sim, cedendo a razão à legitimidade de outras interpretações mais instantâneas, mas sem a pretensão de afrontar as mentes mais delicadas, apenas agitá-las e alertá-las para outras culturas, para outros horizontes. Depois de ler os comentários a este polido remate, admito que poderia ter abrilhantado o título com o dissílabo também, atenuando desta forma o primeiro impacto.
Posto isto, passo a aclarar e a descansar as vossas augustas mentes.
Considerando as amarguradas ruas, pelas quais caminham os nossos valores, vale sempre a pena, mesmo que não se verbalize, sentirmo-nos “obrigados” a retribuir, no mínimo de igual forma, em tempo real ou num futuro a curto prazo, da graça que nos foi concedida. Seja ela qual for.
Desta forma, e considerando a importância da boa educação no âmbito sexual, esse agradecimento, poderá até não ser verbalizado, para não desmoronar um momento mais íntimo, mas deverá, isso sim, ser acompanhado de atitudes e práticas retributivas, talvez na companhia de uma ligeira degustação tabágica, se for essa a praxis.
Convenhamos que existem práticas que, à luz da nossa cultura ocidental, são socialmente ostracizadas.
Observem, por exemplo, o caso dos caçadores inuik - esquimós - que dão uma importância especial aos seus hóspedes, brindando-os honradamente com a companhia mais íntima da sua esposa. Partilham princípios como a confiança, a honra, a amizade e o respeito. Da mesma forma, quem é confrontado com tal obséquio, deverá, nessa mesma base de partilha, mostrar a sua gratidão, no mínimo, com um “Oh, mas eu não merecia tal graça…não é preciso estar a incomodar a senhora. Bem, mas nesse caso, já que insiste, muito obrigado.”.
Por outro lado, em algumas culturas asiáticas é normal e tido como falta de respeito pelo anfitrião, não emitir frequentes e sonoras eructações (arrotos) após um belo repasto. É como quem diz “Estou realmente satisfeito. Muito obrigado.”.
O que seria grave, realmente grave, seria ser convocado, com toda a veneração, para um acontecimento social de alto gabarito, deleitar-se com os prazeres carnais da esposa do anfitrião e, quando finalmente se sentisse na perda de todas as suas faculdades primárias, descesse as escadas e ainda a apertar as calças, lançasse um sonoro e troante arroto, rematado com uma melódica e vociferal explanação do seu agrado, que poderia muito bem ser um “Muito obrigadoooooo!!!”
Isso é que era capaz de dar uma celeuma…
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