segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
sábado, 29 de dezembro de 2007
Outros “mundos”: Centro do Universo
Estão a criar-se as condições ideias para uma tertúlia de cartas e deleites mais etéreos e calmos, ao som de histórias e estórias relembradas com o sotaque do vagar.
Rimas, ditos, canalhices, más-linguas, episódios, lérias e tudo aquilo que possa ser dito e molhado com um copo disto ou daquilo, “Dá aí uma bage.”.
Vão-se arrimando à barra “Chico, dá aí um café.” Entre o café e o cigarro, e umas palavras trocadas com a malta do costume, combina-se o que se vai fazer ao serão.
Recordam-se coisas engraçadas.
No tempo dos nossos avós
Ainda os homens eram barbáros,
Subiam às arvóres,
Para comer os passáros.
"- Aaaaaaiiii, abarbáááta-mos!
- Mai’nada!
- ‘Tá aí grande antibiótico!...
- A que horas t’alevantas? Às sete, pr’ás quatro."
São as observações habituais da assistência, umas já conhecidas, outras novas que ficam para as próximas.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
Este ano, é capaz de não haver Natal, digo eu
Ao mesmo tempo ia abrindo uns mails de Natal, daqueles que agora toda a gente recebe, por esta altura, e era só desgraças.
Ele são as renas que resolvem, em plena distribuição natalícia, dar uma fuerada, são os Pais-Natais a arrear o calhau e a limpar o cú às cartas e outras vezes nas chaminés da malta, e até a entoar cânticos de Natal com a consequência gasosa de um belo “jantar de feijões”, são os Pais-Natal a martelar em Mães-Natais até criar bicho… Eu sei lá… Até há mensagens que correm de telemóvel em telemóvel:
O Pai-Natal anda louco,
Enrabou a rena, enrabou o anão
E vai enrabar-te a ti,
Que tens o telemóvel na mão.
Por isso, meus amigos, amanhem-se sozinhos, que este ano o Natal está por um fio.
Eu cá, depois de mais uma palavra ou outra com o Roberto, vou ver o que estes “rodeios” querem dizer.
sábado, 22 de dezembro de 2007
A Família Roberto
Depois de quarenta e tal anos de casados já nem a D. Efigénia se importava. Até lhe “convinha”, de alguma forma, que o marido se entusiasmasse com alguma coisa, dado o seu exuberante porte.
Certo dia pensou “Vou mandar tatuar dois B’s, aqui mesmo na retaguarda, para ver se se entusiasma mais.” Se assim o pensou, mais rápido o fez.
E zás! Dois vistosos e rosados B’s, mesmo ao lado das agarradeiras.
E lá estavam, o Sr. Lucrécio e a D. Efigénia, os dois, ele, mortinho por clamar o seu ídolo cinematográfico, e ela, mortinha por surpreender o seu mais-que-tudo com um ousado presente, preparando-se para a loucura mensal.
E surpreendeu, de facto.
Foi em pleno I acto que o Sr. Lucrécio exclamou soletrando “B-o-b. Bob?! Mas quem é o Bob. Ó Efigénia, mas quem é o Bob, c*ralho???”
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
O Paraíso
Pois, qual Nostradamus, no seu melhor. Sábio oráculo.
Nestas noites de invernia, com chuva e vento à mistura, cai tudo. Tudo é lavado e arrastado.
Caem os cães a fazer uma mija e os gatos dos telhados; caem os “serões” das camas a pensar que já são sete; caem ramos, galhos e folhas e deixam tudo pelado; até caem os pêlos à malta, quando pensavam que já não.
“Caem ramos, galhos e folhas e deixam tudo pelado”. Perfeito. Isto sim, é valioso.
Ficam as árvores mais limpas e aliviadas, sem aquela densa juba. Exibem com dor, mas com orgulho, as declarações que os namorados tatuam nos seus troncos. Até as sebes, por vezes, ostentam desenhos e esculturas (mas essa história é outra).
Ora então não será bonito e agradável, ao caminharmos por uma via qualquer, depararmo-nos com uma visão arrumada e limpa?! Claro que é! Uma paisagem idílica.
Depois da tempestade tropical se instalar, não há rama que resista.
O produto final é um verdadeiro paraíso. Somos assolados por sensações várias de puro prazer. A exposição deste contacto com a Natureza no seu estado mais puro é indescritível.
É um real asseio.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
domingo, 16 de dezembro de 2007
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
ADSE
Como se não bastasse o desconforto de ter de mudar de hábitos e lugares, certo dia, dirigiu-se, na companhia do seu “apêndice matrimonial”, ao novo consultório do seu novo médico de ginecologia. Consulta de rotina.
Quando chegou à sua vez, a senhora entrou e o cavalheiro ficou a aguardar, na sala de espera, folheando rosadas revistas, daquelas que tratam das importantes episódicas querelas travadas em horário nobre da TV.
Em plena consulta, deparando-se com uma nova paciente, e para reunir todo o conhecimento considerado imprescindível, o jovem médico perscruta, de forma polida, o seu historial clínico.
Depois de várias perguntas e respostas a desinformada senhora viu-se confrontada com a pergunta “A D.Eufrásia costuma ter orgasmos?”. Esta interpelação deu origem a um silêncio de dúvida, ao que a senhora retorquiu “Espere só um pouco que vou perguntar ao meu marido. Não demoro.”
A sala de espera abarrotava de maleitas e de mais alguns “apêndices” cansados das revistas e já nos braços de Orfeu.
De um lado ao outro da sala, e porque não havia tempo a perder que o Sr. Doutor não podia esperar, arremessou a pergunta ao seu mais-que-tudo “Ó Aristides, eu costumo ter orgasmos?”. Ele, caindo dos braços de quem o embalava, mas querendo para lá voltar, respondeu, do alto da sua doutrina “Esta mulher é parva, tens lá agora isso, tu tens é a ADSE…!".
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
O "presentinho"
Seria diferente.
Seria melhor.
Seria perfeito.)
(…/…)…ah, desculpem,
…estava eu a dizer que andava por aqui e dei de caras com O presente de “Natal”, e fiquei lá, quero dizer, ficaria por lá, serviria-me que nem uma luva. Seria mesmo o meu número.
Já sei que não seria nem na Noite nem no Dia de Natal, mas haveria de ser mesmo onde calharia melhor. Para coroar, precisamente.
Até lá, ficarei esperançado que aconteça, que alguém se lembre de mim.
Afinal,
É Natal!
domingo, 9 de dezembro de 2007
O presente de "Natal"
Passeando-me por um qualquer centro comercial, iniciando a azáfama das compras natalícias, olho distraída, mas atentamente, as montras que correm velozes no meu processador de imagem. O cheiro intenso de um café aproxima-se, de forma matreira, do meu sistema olfactivo. Penso: "Vou fumar um cigarrito, beber um café e abstrair-me desta música dos sininhos que já me está a dar nos nervos". Sento-me. Inevitavelmente, escuto a conversa de duas lindíssimas e esculturais louras. "Estou chateada, pá. Não sei o que hei-de comprar ao Tó Zé. Já dei voltas e mais voltas e não há meio de ver uma coisa que me agrade. O gajo é complicado. Sei lá eu o que é que o gajo gosta". Bolas, penso eu, mas que porra esta. Calem-se já com essa conversa da treta". E saio, rapidamente, do local. Aquela loja pára-me. Olho o seu interior extasiada. Medito: "...e se eu..." Entro. É inevitável!!! Peço à menina do balcão: "Gostaria de experimentar aquele conjuntinho que está ali, por favor." A menina olha-me por detrás do balcão e rosna: "O se número é..." O meu número...bem... e respondo "34, copa C". Experimento-o, compro-o e a moça atira-me: "É para embrulhar?" Pois claro, penso eu, mas respondo: "Sim, é para embrulhar. Esse é o meu presente". Aí a moçoila anima-se e pronuncia-se: "Faz bem, também merecemos uma prenda". Abandono-a aos seus afazeres intelectuais e decido sentar-me, no frio do fim de tarde, num banquinho pouco confortável, a maquinar na minha compra. A minha imagem reflecte-se nas gigantescas bolas vermelhas penduradas algures e vejo-me com uns irresistíveis olhos verdes, umas estonteantes pestanas, de vermelho vestida. Umas sandalitas pretas, de salto-alto, claro. Uma caudinha finalizada em seta desponta, envergonhada. Sou eu. E nesse momento escolhi o presente, a prenda, a lembrancita...
Está guardada. Não para o corriqueiro dia 24, claro que não, mas para um outro dia.
Que dia?
Pois...
sábado, 8 de dezembro de 2007
Êxodo 20:11
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
O Presépio
- Tenho uma má notícia... já não sou mais virgem! Sou uma vaca!
E começa a chorar, visivelmente alterada, com as mãos no rosto e um ar de vergonha.
Silêncio sepulcral na mesa. De repente, começam as acusações mútuas:
- Isto é por tu seres como és! – reage o marido dirigindo-se à mulher - Por te vestires como uma puta barata e te arreganhares para o primeiro imbecil que entra aqui em casa.
Claro que isto tinha que acontecer, com este exemplo que a menina vê todo dia, a toda a hora!
- E tu - apontando para a outra filha de 25 anos – que te ficas agarrando no sofá e lambendo aquele palhaço do teu namorado que tem jeito de larilas. Tudo na frente da menina!
A mãe, não aguentando mais o chorrilho de acusações e espumando, responde:
- E quem é o anormal que gasta metade do ordenado com putas e se despede delas à porta de casa? Pensas que eu e as meninas somos cegas? E além disso, que exemplo podes tu dar se, desde que assinaste essa maldita TV por cabo, passas todos os fins-de-semana frente à televisão, vendo pornografia de quinta categoria e, como se isso não bastasse, acabas a sessão em punhetas, com direito a todos os tipos de gemidos e grunhidos?!
Desconsolada e à beira de um colapso, a mãe, com os olhos cheios de lágrimas e a voz tremula, pega ternamente na mão da filhinha e pergunta baixinho:
- Como foi que isso aconteceu, minha filha, explica lá à mãe?
E, entre soluços, a menina responde:
- A professora tirou-me do presépio! A Virgem agora é a Vanessa, eu vou fazer a vaquinha...
A Quintinha do Roberto
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
A celeuma
Cabe-me, sem sombra de dúvida, repor a vera essência, que se encontra sublime e engenhosamente encoberta, por uma capa de banalidade e rudeza.
A respeito do meu último contributo para esta tertúlia, Educação Sexual é…, insurgiram-se algumas vozes, causando quase um motim de desalentos e discordâncias.
Não foi este o propósito. Mas também.
Ciente da delicadeza do tema, pretendi torná-lo de interpretação ambígua sim, cedendo a razão à legitimidade de outras interpretações mais instantâneas, mas sem a pretensão de afrontar as mentes mais delicadas, apenas agitá-las e alertá-las para outras culturas, para outros horizontes. Depois de ler os comentários a este polido remate, admito que poderia ter abrilhantado o título com o dissílabo também, atenuando desta forma o primeiro impacto.
Posto isto, passo a aclarar e a descansar as vossas augustas mentes.
Considerando as amarguradas ruas, pelas quais caminham os nossos valores, vale sempre a pena, mesmo que não se verbalize, sentirmo-nos “obrigados” a retribuir, no mínimo de igual forma, em tempo real ou num futuro a curto prazo, da graça que nos foi concedida. Seja ela qual for.
Desta forma, e considerando a importância da boa educação no âmbito sexual, esse agradecimento, poderá até não ser verbalizado, para não desmoronar um momento mais íntimo, mas deverá, isso sim, ser acompanhado de atitudes e práticas retributivas, talvez na companhia de uma ligeira degustação tabágica, se for essa a praxis.
Convenhamos que existem práticas que, à luz da nossa cultura ocidental, são socialmente ostracizadas.
Observem, por exemplo, o caso dos caçadores inuik - esquimós - que dão uma importância especial aos seus hóspedes, brindando-os honradamente com a companhia mais íntima da sua esposa. Partilham princípios como a confiança, a honra, a amizade e o respeito. Da mesma forma, quem é confrontado com tal obséquio, deverá, nessa mesma base de partilha, mostrar a sua gratidão, no mínimo, com um “Oh, mas eu não merecia tal graça…não é preciso estar a incomodar a senhora. Bem, mas nesse caso, já que insiste, muito obrigado.”.
Por outro lado, em algumas culturas asiáticas é normal e tido como falta de respeito pelo anfitrião, não emitir frequentes e sonoras eructações (arrotos) após um belo repasto. É como quem diz “Estou realmente satisfeito. Muito obrigado.”.
O que seria grave, realmente grave, seria ser convocado, com toda a veneração, para um acontecimento social de alto gabarito, deleitar-se com os prazeres carnais da esposa do anfitrião e, quando finalmente se sentisse na perda de todas as suas faculdades primárias, descesse as escadas e ainda a apertar as calças, lançasse um sonoro e troante arroto, rematado com uma melódica e vociferal explanação do seu agrado, que poderia muito bem ser um “Muito obrigadoooooo!!!”
Isso é que era capaz de dar uma celeuma…
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
domingo, 2 de dezembro de 2007
A Matilha do Castelo
sábado, 1 de dezembro de 2007
A Matilha do Castelo
Proveniente das melhores famílias, é por todos ambicionada.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
A Celebração
A epístola que hoje vos apresento é, ao contrário do que precipitadamente possam concluir, pela sua falsa tendência machista, uma informação ousada de um acontecimento já dissecado e comprovado pelas maiores e mais reconhecidas mentes do nosso universo científico.
Se, por algum motivo, hesitarem em a ler, e para vosso bem, não prossigam.
Finalmente.
Eis que finalmente chegou a maioridade.
Não a hoje banal maioridade que todos um dia (já onde vai…) almejámos. A maioridade dos 18, aquela meta que ao início de começarmos “a olhar para a sombra”, nos parece tão distante de alcançar. A maioridade da carta de condução, do poder oficialmente fumar, das jolas e dos filmes hardcore já legalmente consumidos. Mas também do “eu já tenho 18 anos, sou maior de idade e faço o que quero!!!” para acalmarmos o ânimo com o “então podes fazer as malas e farás o que quiseres na tua casa, aqui não, que esta é minha!!!” (e alguns e/ou algumas raspam-se mesmo), do podermos ainda fazer alguma merda que, mais coisa menos coisa, acabam por pagar os mesmos.
Não essa, mas passa, simbolicamente, por aí.
A maioridade que brevemente vos vou trovar é uma maioridade maior e, perdendo-me um pouco na original forma redundante como dei origem a este ligeiro e apetitoso trecho entre vírgulas só para vos alertar do permitido facto, vos confesso, muito mais agradável de constatar, e transportar.
Esta celebração que vos anuncio hoje aqui, tem intimamente a ver - qualquer adulto que honre a sua masculinidade o sabe - com os adoráveis e igualmente delicados gónadas que com orgulho transportamos, desde a quinta semana de desenvolvimento embrionário.
Com ambos os dois, simultaneamente ao mesmo tempo.
É a partir deste momento solene que podemos assumir com toda a confiança, a plenitude da sua virtualidade, da sua dupla maioridade e da sua presença, sítio certo. Agora que estão no zénite de toda a sua existência há quem agir em conformidade e não defraudar as venusianas expectativas.
O estigma das três décadas e meia não passa de um pérfido, mas voluptuoso tiro de partida para verdadeira vida artística. A "arma" está, metaforicamente, nas mãos delas.
Ele há por aí muitos que eu conheço, inclusivamente aquele que vos garatuja estas linhas, que decidem, muito a propósito, engrandecer esse momento com uma ligeira maratona aos seus bi-amigos. Só para tirar as dúvidas.
Pelo menos um par deles, nesta última quinzena.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Soutien - 100 anos, 100 fotos
A Quintinha do Roberto
domingo, 25 de novembro de 2007
A Bela Adormecida
Vou-vos pedir para que refinem os vossos sentidos para esta curta analogia que vos vou emprestar.
Era uma vez (que é assim que começam todas as histórias) um mancebo, de seu nome Zé, que desfrutava descansado e sem afazeres de maior, os prazeres da sua vida, num “reino”, já menos longínquo que, rezam as cartas, se encontra ainda em terrenos quase andaluzes. Boémio por natureza e por prazer, repartia o seu tempo pelas suas obrigações e prazeres. Desde sempre “apadrinhado” pela família, amigos e múltiplos protocolos, que lhe transmitiram vivências variadas, sempre conseguiu, umas vezes melhor outras pior, “fintar” as “bruxas maléficas” que, sem serem convidadas, teimosamente tentaram oferecer os seus hábeis e manhosos préstimos.
A certa altura, num momento de letargia, causado por uma manobra que quase lhe custa o resto da sua vida, tal como a conhecia e idealizava, surge-lhe uma bela esfinge, que se lhe dirige e lhe promete uma vida melhor em troco da solução para um enigma.
- O que tem quatro pernas de manhã, duas à tarde e três a noite?
Bem, o mamífero inquirido aceitou alegremente o desafio, respondendo prontamente:
- Deste-me algum trabalho, mas acho que sou eu. Então, de manhã, como estou deitado a tentar evitar um ou dois Gurosans ou a recuperar de um desempenho talámico aceitável, por vezes tenho quatro pernas, que é como me consigo locomover; à tarde, já recomposto e pronto para outra ergo-me em duas; pela noite, consigo com facilidade equilibrar-me em três, sem ligar a boatos de fraca fundamentação relativos à idade. E assim, sucessivelmente.
A bela esfinge, ao contrário do que possamos pensar, não se suicidou nem se devorou, seria um autêntico desperdício, mas exclamou, também já alegremente:
- Fosga-se ó Zé,como é que ainda não tinha pensado nisso?! É mesmo!!! Olha lá, em vez de eu me devorar, como fazem todas as outras esfinges, não preferes seres tu a fazê-lo, é que fiquei curiosa…? Já agora, não te apetece ir a um concerto aquático, na Aldeia Grande?
O Zé, como até nem era gajo de difícil trato aceitou, retorquindo:
- Ok, mas conheço um sítio onde fazem os melhores bitoques do mundo, que de bitoques percebo eu.
E, mais uma vez, acordou de mais um estado de dormência, com a vontade e alegria de viver, pela qual sempre pautou o seu caminho.
Desde essa altura, têm percorrido caminhos diversos, comendo bitoques, proporcionando-se prazeres mútuos e deixando-se levar pela cumplicidade que alimentam constantemente.
Embora não nos consigamos aperceber ou nos esqueçamos com frequência, em várias fases da nossa existência deparamo-nos com momentos que retratam, de maneira mais ou menos fiel, esta lenda, a lenda d’A Bela Adormecida.
Eureka!!!
Quem tem as melhores "receitas" são os ginecologistas.Perguntem-lhes, pois são eles que melhor vêm onde andamos metidos.
sábado, 24 de novembro de 2007
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Existe(s)
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
A Quintinha do Roberto
domingo, 18 de novembro de 2007
Foto de família
sábado, 17 de novembro de 2007
A Loja G
2.º) Envolva-a num cheiro suave, mas com personalidade, exalado da sua magnífica T-shirt, durante a viagem de ida;
Dar o nó é fodido!!!
Ao ponto que nós chegámos!
Aqui há coisa de uma dezena de anos, mais coisa menos coisa, tive conhecimento de um facto que só agora, a esta distância temporal e com a coadjuvação sempre reconfortante da tertúlia habitual, nestes tempos mais recentes, consegui finalmente arquivar. Encerrei agora a questão o capítulo, o que quiserem chamar-lhe.
Os nomes dos visados são irrelevantes e, como dizem no final daquelas novelas que nos inundam as televisões, “qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência”, podemos mesmo baptizá-los de Serafim e Felismina.
Ora, ia o Serafim muito bem, pensando em como poderia salvar o Mundo, espalhando de forma indiscriminada o Bem (bem, indiscriminadamente, não era bem assim; paneleirices, não!), quando a Felismina aparece com a história de “Ah e tal, queria um relógio daqueles ali daquela montra”.
O Serafim aproximou-se da montra - uma montra daquelas lojas que quase se tem de pagar para se ler o reclamo - ao observar, sem grandes demoras, a “qualidade” da respectiva etiqueta, chegou à conclusão que aquela moça não se estava a sentir muito bem, de cabeça para cima.
O medidor em causa, sim porque é um medidor, era daquela marca Geralmente Ufana e Com Custos Irritantes e fazia-se pagar por pouco mais de duas centenas e meia de contos de réis.
Duas centenas e meia de Donas Marias. Duzentos e sessenta e dois contos e uns pelinhos, para ser mais preciso.
O Serafim, que até simpatizava com os italianos (mais com as italianas, eheh), como bom discípulo, foi consultar a sua douta consciência, eu, relatando o sucedido, num italiano tão rápido, que mais pareciam a verbalização pornograficamente imprópria do que lhe ia na alma.
O resultado foi óbvio, ele que auferia mensalmente metade do valor da utópica oferenda, no seu ofício apolonio, nem pensou duas vezes e meia: era mais fácil o começar a sentar-se antes dos outros se levantarem, do que comprar aquele relógio. Não houve relógio para ninguém.
A partir dessa altura, claro está, o Serafim foi deixando de tocar na borracha.
Prólogo
Deste episódio podemos tirar várias conclusões:
- ele há mulheres que, na evidente falta de um ponto “G”, no sítio devido, sentem necessidade de o exibirem no pulso, embora, duma forma ou de outra, não saibam muito bem para que é que aquilo serve;
- ele há mulheres que não sabem que qualquer coisa não deve ser só agradável à vista e ao toque, mas também funcional (mais ao toque que nem à vista, é verdade);
- ele há mulheres que deviam emprestar mais valor aos proveitos físico-espirituais do que aos proventos físico-materiais;
- ele há mulheres que comprariam um ponto “G”;
- mas, pelos vistos (mais tocados, eheh), ele ainda há mulheres que têm tudo no devido sítio.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
sábado, 10 de novembro de 2007
Tenham vergonha...!
Põe-te a pensar... simplesmente.
As soluções
Pensa no que quiseres, ele adivinha. Põe-te a pensar, de qualquer das formas.
Se jogares com o Roberto, acabas por, invariavelmente, teres razão e ganhares.
Podes encontrá-lo aqui.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
A Quintinha do Roberto
O Avelino.
O Avelino é um esquilo que, curiosamente, gosta de avelãs. Até podia gostar de bifes com batatas fritas ou caldos de bacalhau com espinafres e queijo mole, mas não, o que ele gosta mesmo é de avelãs.
Mas não foi por isso que está aqui. Está aqui porque conseguiu canalizar da melhor maneira para o grande ecran, o problema que minava flatulentemente a sua existência (e a daqueles que lhe estavam mais próximos).
E aqui o temos, qual estrela de cinema, qual caral..caraças.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Petição Online
Ora, continuaria tudo bem se o dito cão fosse alimentado, mas em vez disso foi deixado morrer à fome, perante os olhares dos visitantes e, como que para fazer inveja ao bicho, escrito numa das paredes da galeria com biscoitos para cão, um texto algo polémico.
Este animal, o tal “artista”, responde pelo nome de Guillermo Habacuc Vargas e fez este “belo trabalho” em Agosto de 2007, na Galeria Códice, em Manágua.
Este “artista” está nomeado a participar na Bienal Centro-America de Arte em 2008. Existe uma petição para que seja excluído da lista de participantes.
Fê-lo em nome da “arte”, diz ele, que foi para despertar as pessoas para os animais vadios e com fome.
Qualquer dia aparece por aí outra besta e tem a ideia de colocar uma criança numa galeria a morrer de fome, para chamar a atenção para a fome em Africa, ou anda para aí nas galerias a matar pessoas, para chamar a atenção para a sociedade violenta em que vivemos. Seria exactamente a mesma coisa!
Podem ver o animal em questão, no blog El Perrito Vive.
Podem e devem participar na petição online.
Até pode ser que nada aconteça, mas se as pessoas se calarem é que não acontece mesmo nada!