quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Jipe, o original

Jipe – no contexto escolar de há uma vintena de anos, um jipe era designado por uma manifestação artística do órgão sexual masculino e seus apêndices, de alguma forma imposta, inspirada e prazenteiramente esboçada nos cadernos diários alheios.
Essa manifestação revelava o profundo conhecimento que os alunos de então, nos quais me incluo, albergavam e ampliavam acerca das várias matérias leccionadas, nas mais variadas áreas. Era uma aprendizagem por transmissão directa dos conhecimentos, do artista para o aprendiz, ao longo de gerações e gerações. Esse conhecimento abarcava áreas como o Desenho, pelo concreto da acção e pela arte em si, algumas vezes dava lugar a mais uns esboços acessórios, subordinados este ou a outros temas; as Ciências Naturais/Biologia, pela fidelidade e minúcia oferecida à sua elaboração; a Música, por vezes uma bela melodia assobiada enquanto se esboçava o dito, melhorava o produto final; as Ciências Físico-Químicas, pelo necessário cálculo efectuado às performances/capacidade de resposta do proprietário visado; Educação Física, em caso de erro de cálculo, desconhecimento de propriedade ou mesmo com conhecimento, a agilidade numa retirada estratégica era fundamental; até mesmo a área das Línguas, materna ou estrangeiras, no caso de se desejar inscrever uma legenda, não era de bom-tom rabiscar um erro, um mesmo argumentar uma justificação plausível; na Matemática, pela noção do número de esboços já realizados no mesmo caderno ou pelo número de folhas que, de forma descuidada, se tenham deixado imaculadas. E outras tantas, que deixarei à imaginação do leitor, como a Geologia, o Socorrismo, a Geografia, a História, etc., contemplando com toda a certeza, senão todas, a maioria das cátedras curriculares da altura, ou até pela combinação das mesmas.
É com muita tristeza que assisto diariamente, e já de algum tempo a esta parte, ao calamitoso abandono de algumas desta e doutras práticas académicas, em benefício de outras menos proveitosas, no que diz respeito ao carácter lúdico-pedagógico da coisa. E principalmente na franja masculina, dos nossos discentes de hoje.
Os alunos de hoje perdem tempo com os telemóveis, as sms’s e mms’s, com os mp3 e mp4 com a capacidade para não sei quantos gigabytes e que faz isto e aquilo, com as consolas de jogos portáteis atascadas em jogos de “tiros e bombas e socos nas trombas” onde só se ganha se se deixar um rasto de sangue e morte, com os amaricados brinquedos de malabarismo, os diabolos, com os brincos e penteados lélés à Cristiano Ronaldo, com a destruição de equipamentos e com a insubordinação constante às regras instituídas numa comunidade escolar. Eu sei lá, com tudo menos com aquilo que é favorável ao bom desempenho académico, tal como um bem rasgado jipe, numa bela folha, branca ou não, ávida de arte e conhecimento.
Se por acaso aparecesse algum destes esboços numa área escrita, até poderia ser considerado um “espólio de guerra”, principalmente se algum adulto reparava na obra de arte “Eh lá, o que é isso, pá? Que vergonha de caderno!…” inquiria o professor, depois de ver a magistral tatuagem no caderno da sua disciplina, ao que o aluno respondia com um silêncio e um inocente e respeitador encolher de ombros, deixando para si a reflexão “Isto é que são uns apontamentos do c*aralho!...”.
Como não podia deixar de ser, aqui vos brindo com alguns dos esboços que ainda me recordo, reclamando desta forma um sentimento nostálgico e paternal para esta postagem.

O tradicional


De perfil



De frente


O Geométrico

O Esquelético



O Assombrado

Coming back to life


Where were you when I was burned and broken
While the days slipped by from my window watching
Where were you when I was hurt and I was helpless
Because the things you say and the things you do surround me
While you were hanging yourself on someone else's words
Dying to believe in what you heard
I was staring straight into the shining sun

Lost in thought and lost in time
While the seeds of life and the seeds of change were planted

Outside the rain fell dark and slow
While I pondered on this dangerous but irresistible pastime
I took a heavenly ride through our silence
I knew the moment had arrived
For killing the past and coming back to life

I took a heavenly ride through our silence
I knew the waiting had begun
And headed straight...into the shining sun


David Gilmour
"Pulse"

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Catástrofe aérea, uma questão de lingerie

Certo dia, depois de mais uma jornada de árdua pedagogia e com a mente e o corpo a pedir ripanço, dou com os olhos naquilo que, noutras circunstâncias mais desfavorecidas, poderia até ser apelidado de um “brinde”. Aquela área, entre o final da camisola e o início das calças, que normalmente quando sentadas, nos revela uma bela peça de vestuário, mais íntima.
Sermos galardoados com uma visão total ou parcial de uma mulher é, na maioria das vezes, uma graça concedida. Sim, e digo na maioria das vezes porque nem sempre a visão é uma graça. Por vezes é uma visão aterradora, um “presente” envenenado, a visão do apocalipse.
Quando isso acontece não há muito a fazer, basta conformarmo-nos com a certeza do que não se pretende. Não adianta muito tentarmo-nos auto-convencer, da pouca gravidade do assunto, sem grandes resultados “Pronto, até nem foi assim muito mau…” ou “Ah, coitada da moça, estava distraída.” ou ainda “Pode estar num daqueles dias…”. Viu-se, ‘tá visto! Azar!
É claro que quem nos brinda, não incorre numa agressão premeditada à nossa libido, não tem culpa daquilo que a generosidade da Natureza lhe reservou, nada disso. A Natureza foi generosa, pelos vistos, mas em volume, ao ponto das usuárias serem “obrigadas” a transportar os seus glúteos e afins, dentro de uma mistura de pára-quedas e tenda de campanha. Não é agradável, confesso.
Em oposição e para me acalmar, reclamei a mim recordações diversas de, infelizmente ainda curtos, momentos de contemplação a conteúdos de outros “departamentos”, bem mais agradáveis, circundados de uma ousada mistura entre asa-delta e fio de pesca.
Como contribuição para este exercício de autêntico armistício, podemos sempre dirigirmo-nos a uma daquelas “grutas dos 40 ladrões” (qual placebo) e, com as medidas nas mãos e na "ponta da língua", abusar da amabilidade da menina, anunciando, em trejeito de juízo final “Olhe, acho que me vai apetecer despir este conjuntinho aqui. É 34, copa C? Se é, quero esse. E aquele ali, e o outro ali também e já agora traga-me também o outro…”.
Agora pensem comigo, é mais seguro e agradável conduzir uma asa-delta, do que sermos arrastados por um pára-quedas.

Cúzinhar: a receita

Qualquer dia, ainda os vamos apanhar a fumar...

'Tá quase!... I

Faltam 4 semanas.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Menú McFree

Assim, já se pode considerar mais "nutritivo".

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Resumo Super Hiper Mega Rifixe... Qualquer semelhança não é conicidência!

Uma menina pobrezinha mas muito boazinha...


... coitadinha, vivia a sua pacata vidinha com a família Fritosem Balde e a governanta Melga.




Ao fim do dia, antes de dormir falava sempre com a sua mãezinha, coitadinha, que se lhe revelava através de uma planta que ela, criteriosamente, guardava em seus aposentos.
Uma bela noite, quando se foi amagar, já farta de que lhe fornicassem a vidinha, coitadinha, zangou-se com a sua mãezinha e deu-lhe uma valente e alarverona trincadela...














Eis senão quando...












... deu-se a transformação...

Revelou-se o seu Alter Ego e eis que surge a...

SUUUUUPER VAAAAAAAAAAAACAAAAAAAAAAAAAAA






















E pronto, a partir daí, não vale a pena entrar em mais pormenores, todos sabemos o que fazem as vacas...

... e esta é super!...

... é pena não ser a única...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Soutien - 100 anos, 100 fotos

Aqui há mais 50 pares. Do melhorzinho.
Ui, uuuuuuuuuuuuuuuui.

Gestão de reembolsos

Um casal de jovens chega ao consultório de um médico terapeuta sexual.
O médico pergunta "O que posso fazer por vocês?"
O rapaz responde "Poderia ver-nos a fazer sexo?"
O médico olha espantado, mas concorda.
Quando termina, o médico diz “Não há nada de mal na maneira como fazem sexo.” e cobra 70,00 euros pela consulta, o que se repete por várias semanas.
O casal marca um horário, faz sexo sem nenhum problema, paga ao médico e deixa o consultório.
Finalmente o médico resolve perguntar “Afinal, o que estão a tentar descobrir?”
E o rapaz responde “Nada. O problema é que ela é casada e não posso ir a casa dela. Também sou casado e ela não pode ir a minha casa. No Hotel Tivoli, um quarto custa 120,00 euros, no Holliday Inn custa 100,00 euros e aqui fazemos sexo por 70,00 euros, temos acompanhamento médico, é passado um atestado, sou reembolsado em 42,00 euros pela Médis e ainda consigo uma restituição do IRS de 19,25 euros.”.

...e ainda a respeito do Dia dos Namorados.

"Não te esqueças que um broche é como flores para os homens"

SOS - Red Code

Derivado ao assustador aumento de votos, na rubrica "Nenhuma (é fodido, não é?!)", do nosso Quecómetro, deixamos aqui algumas ideias para que os "mais desfavorecidos e menos brindados" não se sintam tão sós.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Soutien - 100 anos, 100 fotos

Para uma boa digestão, tenha um chazinho sempre à mão.
O chá medicinal de alcachofra facilita a digestão e encurta esse, quase sempre, descurado momento.

Agora, que já passou!...

Para que não fira os mais sensíveis e agora que já passou, o que eu penso muito sinceramente do Dia de São Valentim!
Começando muito leve, acho que o Dia de São Valentim, dia 14 de Fevereiro, é um dia como todos os outros.
Se se comemora qualquer coisa? É verdade, comemora, principalmente para as pessoas que celebram esse dia por qualquer evento especial. Para os outros todos é o Dia de São Valentim, o Dia dos Namorados.
Para já o título Dia dos Namorados está errado! Deveria ser mudado! Esta celebração deveria ser chamada de Noite dos Namorados, que é esse o verdadeiro objectivo. Seja por casais a iniciar ou numa outra fase qualquer desse namoro. É ter uma “desculpa” para começar a chegar tarde a casa ou para outro tipo de “ilícitos”.
“- Oh pá, deixa lá a miúda, então não vês que hoje é o Dia dos Namorados e ela foi jantar com o tal rapazito e depois foram ao cinema. Blá, blá, blá…”. Diz o pai para descansar a mãe, depois de um turbilhão de inquietantes atrocidades cometidas à menina, enquanto folheava “descansadamente” o jornal.
O Dia dos Namorados é isto! É a Noite dos Namorados!
Não tem de passar por embarcar em comercializações desnorteadas e sem sentido.
Mas que coisa linda, uma almofada, em forma de coração, a dizer “I LOVE YOU”. Não é querido? Ui, até dói…
É incrível como de uma maneira geral tudo muda. Somos assaltados por toda a espécie de artigos simplesmente ridículos e idiotas para oferecer ao seu mais-que-tudo, nesta altura
Um descascador de batatas em forma de coração, sempre, azul para os meninos e cor-de-rosa para as meninas e que, quando a batata está bem descascada, emite o som de um orgasmo com o nome do outro. Eheh, que coisa parva!
Almofadas várias em forma de coração ou não, em todas as cores, a dizer “ai lâv’iu” em todas as línguas civilizadas, até na nossa.
Porta-chaves, isqueiros, t-shirts, latas de bombons, relógios temáticos, cuecas, jantares todos rócócós e hotéis lélés, com direito a passadeira vermelha, violinos e champagne (a parte da lingerie e da fruta no quarto pode ficar, pode a malta estar mais inspirada).
As floristas a abarrotar de totós a comprar um arranjo ou uma porra qualquer que tenha umas ervas lá no meio.
As perfumarias atascadas de malta à procura de satisfazer o olfacto do parceiro. “Então posso ajudá-la? Tem uma ideia do que procura? É para o seu namorado?” pergunta o empregado da perfumaria “É sim. Obrigado, mas estou ainda a ver.” Respondem elas. Não fazem ideia do que procuram. Vão impingir um “aroma” qualquer ao desgraçado que lhe cai a matar e depois admiram-se quando perguntam num jantar qualquer “Então já não usas o perfume que te ofereci n’O Dia dos Namorados?”, o gajo responde “Acabou…” ou “É só para variar…”, quando lhe apetece responder “Perfume? Chamas àquilo perfume? Pensava que fosse uma porra qualquer para a dar cheiro à casa.”
Por muitas voltas que possam dar, tudo isto vai dar ao mesmo, por “obrigação” ou não: mostrar à cara-metade os nossos afectos.
Será que é por se gastar mais dinheiro que se demonstra mais? Ou que se têm mais afectos? Será?
Então havia por aí muita malta, na qual me incluo, que não estava a ser honesta, ou então, estávamos fodidos.
Se assim for, nem pensem sequer em rabiscar uma frase sentida, num papel de rascunho qualquer e aparecer com uns pastéis de nata, ao serão. Nem que o façam com frequência, nem todos os dias.
Se assim for, é chato um gajo vai ter de embarcar nessas bichanices todas. Isso sim, pode ser uma coisa fodida! Temos sempre a esperança que não.
Se não olha: “Ai meu amorzinho, preferes sentar-te antes naquela mesa cor-de-rosa, é mais romântico”. E outras bichanices afim.
Daaaaasse.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A Matilha do Castelo

- A cadela da vizinhança,
Ai, a cadela da vizinhança,
Deu-nos um par de cabaços,
Oh és tão lindaaaaa...
Deu-nos um par de caba...a...aços, auu, au, auuuu!
_
-Por causa do Zé da Pêra,
Ai, por causa do Zé da Pêra,
Já não estar pr'a mais cansaços,
Oh és tão lindaaaaaaaaaaaa...
Já não estar p'ra mais cansa...a...aços, auu, au, auuuuu!

Soutien - 100 anos, 100 fotos

As mamas das mulheres são como as consolas de jogos...
... são feitas para as crianças, mas são sempre os pais que brincam com elas!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

São Valentim

Sugestão para o Dia de São Valentim.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A Cigarra e a Formiga (fábula distinta)

Era uma vez uma formiga e uma cigarra que eram muito amigas. Durante todo o Outono a formiga trabalhou sem parar, armazenando comida para o Inverno.

Não aproveitou o sol, a brisa suave do fim da tarde, nem duma conversa com os amigos a tomar uma cervejinha depois do dia de trabalho.
Enquanto isso, a cigarra só andava a cantar com os amigos nos bares da cidade, não desperdiçou nem um minuto sequer, cantou durante todo o Outono, dançou, aproveitou o sol, desfrutou muito sem se preocupar com o mau tempo que estava para vir.

Passados uns dias começou o frio, a formiguita, exausta de tanto trabalhar meteu-se na sua pobre guarida cheia de comida até ao tecto.

Mas, alguém a chamou da rua e assim que abriu a porta teve uma surpresa quando viu a sua amiga cigarra num Ferrari e com um valioso casaco de peles.

A cigarra disse-lhe:
- Olá amiga! Vou passar o Inverno a Paris. Podes cuidar da minha casita?
A formiga respondeu:
- Claro! Sem problemas. Mas o que aconteceu? Onde conseguiste o dinheiro para ir a Paris, comprar esse Ferrari e esse casaco tão bonito e caro?
E a cigarra respondeu:
- Imagina lá, que eu estava a cantar num bar a semana passada e um produtor gostou da minha voz… Assinei um contrato para fazer shows em Paris. A propósito, precisas de alguma coisa de lá?


- Sim, - disse a formiga – se te encontrares lá com um tal de La Fontaine,...
...MANDA-O F*DER, E DIZ QUE VAIS DA MINHA PARTE.

O "Deserto"

Destes dias mais profanos, tiram-se alguns.
Põe-se o pé onde já se esteve, noutras ocasiões, mas desta com mais sossego e deleite. Os lugares de sempre, iguais a sempre, parecem agora diferentes, são agora mais prazenteiros. A companhia proporciona-nos estas e outras vontades.
Não há horas que segurem uma aventura. Não há tempo que desafine este dueto.
- E amanhã?
- Amanhã, se chover, depois do pequeno-almoço, o tálamo espera-nos, se não chover, logo se vê.
- Devia chover!...
- Pois devia...

Não choveu, não fez mal, depois de uma visita a Baco, inundámos as vontades com cheiros e calores. Saciámos, por instantes, os apetites.
Perfeito.
Por estas terras de pão e gentes de paz, por estas terras do grande lago, por este “deserto” assim vomitado por ninguém, fugimos à loucura profana da metrópole e santificaram-se como nunca, os dias que infelizmente voaram.
A próxima? Pois, a próxima não se sabe bem ao certo, mas parece que voa nas asas de uma mariposa feita senhora.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Flor(i)bella Espanca













Uma menina pobrezinha e muito boazinha



Pois é...
Raras são as vezes em que temos oportunidade de assistir a tal metamorfose...
Acredito que ande por aí muito boa gente a espancá-lo à saúde desta nova Flor(i)bella, ou, como se diz naquele arquipélago pejado de bifes, a tratar de 'Speed up the peach tree'...
Agora, só uma coisa me preocupa... e como é que ficam as criancinhas no meio disto tudo!?? É preocupante pensar nos traumas que estes pobres infantes podem estar prestes a sofrer...











Uma menina riquinha e muitíssimo boazona

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Não precisam agradecer

Vamos lá ver essa pontaria neste Mapa Cor-de-Rosa.

A Família Roberto

Wagner Roberto (artista)

Assim, o Natal é uma merda!...

Se por acaso o "velhote" não respondeu aos teus pedidos, isso foi ... impulso.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Megadescoberta


Científicos do Porto escavaram 50 metros debaixo da cidade invicta e descobriram pequenos pedaços de cobre. Depois de estudar esses pedaços de cobre, chegaram à conclusão que os antigos portistas, há 2500 anos, já tinham uma rede de telefones.

Como é lógico, os lisboetas, não querendo ficar atrás, pediram aos seus próprios científicos que escavassem Lisboa, mais fundo. A 100 metros, encontraram pequenos pedaços de cristal que, segundo eles, faziam parte do sistema de fibra óptica que os antigos alfacinhas já tinham há 3500 anos.

Científicos alentejanos, após lerem os 2 anteriores estudos, escavaram 150 metros por baixo da Universidade de Évora e… não encontraram nada! Escavaram mais 20 metros e… nada! Então, escavaram 250 metros, no total, e… nada!!!
Concluíram pois, com toda a lógica, que os antigos alentejanos, há mais de 5000 anos, já tinham telemóvel.

Soutien - 100 anos, 100 fotos

"perigo"

domingo, 3 de fevereiro de 2008

A Quintinha do Roberto

O Adónis foi à praia, foi à procura de pretendente.

- Abre os olhos mula, que o Alentejo é lindo! - zurra ele, com as ventas cheias de esterco e revirando a beiçola, enquanto percorre os extensos areais da moirama.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Bijadela

- Ouve lá meu, esta bijadela é como se fosse um Tratado de Tordesilhas. Ouviste?!!!
- Atão pá, andas a dormir destapado ou 'tá-te a cair o pêlo aí na coleira? ´Tás constipado?
- Bem, tu entendeste bem. Se a garina ali da vizinhança passar para este lado do poste, afinfo-lho eu. Se fôr pr'aí, fica p'ra ti. Combinado?
- Ok, combinado!

Chover a cântaros

Certa noite, rodeado da habitual e hilária tertúlia, pelo meio de um cigarro e de um copo, a remate de um real repasto, surgiu uma questão que não nos deixou alternativa senão adiarmos a resolução de mais alguns problemas, que apoquentam este nosso mundo em que vivemos, e que carregamos com a devida responsabilidade: “Será cântaro ou enfusa?”.
Nem mesmo com os sempre necessários regionalismos à mistura conseguimos resolver esta contenda.
Depois de um indispensável período de dura reflexão e de incansável consulta, nos mais rebuscados compêndios, cheguei à conclusão que há diferenças. Há sim senhor!
Senão vejamos:


Cântaro – vasilha grande e bojuda para líquidos; medida equivalente a meio almude. O cântaro com abano é também um instrumento musical popular em algumas regiões de Portugal. É um instrumento em que o executante bate com o abano na bilha e produz um som grave, como que substituindo o som e a função do bombo, marcando o ritmo da música, logo, e de acordo com o comportamento das ondas sonoras em função do espaço onde se expandem, tem de ser um “instrumento” de grandes dimensões. Curiosamente, alguns grupos folclóricos portugueses de Peniche, da Nazaré, do Bombarral, da Guarda, etc., usam o cântaro com abano - “grande quarta de barro” - sem buraco lateral. É tocado com um abanador na abertura, produzindo um som grave que reforça o acompanhamento rítmico.

Enfusa – quarta pequena ou bilha de barro, vaso onde se deita água. Dentro dos instrumentos característicos do Alto e Baixo Alentejo destaca-se “ronca”, feita com uma enfusa cuja boca é tapada com pele por onde passa uma vara. Era utilizada especialmente na época natalícia pelos rapazes que percorriam as ruas tocando a ronca, desaparecendo pouco depois da meia-noite.

Pronto, está desfeito o imbróglio. Penso eu. Acalento eu.
Se assim não fosse, imaginem lá agora todas aquelas pessoas que, com uma tradição secular, vêm perpetuando todos esses rituais da música folclórica portuguesa.
“Olha c’um camandro, então não temos andado enganados estes anos todos?! A gente tem andado é a tocar uma enfusa, cuaralho!...” diziam os da Guarda.
E os do Alentejo “Atão, mas nã éi qu’esses cabrões nos têm andado a enganari?! Ata, mas esta porra agora chamassi cântaro?! A modos de quêi? Ai a porra!...”
E nem podemos/devemos falar muito mais disto. É perigoso. É muito perigoso. Shiiiiiu….sshhh……shhhhhhhh…………
Se isto chega às auriculas dos nossos “amigos” da ASAE, f*dem logo essas tradições. É logo!
Começam logo a implicar porque os cântaros e as enfusas devem ser confiscadas e destruídas por não oferecerem condições de salubridade para conter água potável; que os tocadores de cântaro e abano devem usar protecções para os ouvidos e olhos, não vá o cântaro perigosamente estilhaçar-se e provocar-lhe uma morte agonizante e para proteger os ouvidos das frequências mais graves; que os rapazes já não podem tocar as enfusas, segundo a tradição natalícia, porque podem partir a vasilha e cortarem-se nos cacos e nem as varas podem ser de vara, tem de ser tudo de plástico.
E vinha logo aí mais outro Acordo Ortográfico e perdíamos logo mais um colhão de palavras para os manos do samba e das novelas. E ainda seriam impostas expressões diferenciadas como “Chover a cântaros” (se chove muito) e “Chover a enfusas” (se chove pouco), de acordo com o índice de pluviosidade.
Por isso chamem-lhe o que quiserem, mas não façam nenhum chavascal, porque tantas vezes vai a cantarinha (outra definição???) à fonte, que deixa lá a asa.