quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Olhem, afinal isto é qu'é mesmo fodido. É isto.




Parece o Crocodile Dundee. Lembram-se?
Só que ao contrário.

Isto é qu'é mesmo fodido.




Conhecem o Malamen?

Isto é fodido...


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Descuido compelido

Temos por vezes descuidos, é verdade.
Na maioria das vezes sabem-nos bem, outras vezes é apenas uma desculpa, a do descuido, mas invariavelmente alivia-nos e, em algumas situações, provocado ou involuntário, deixa-nos embaraçados se estivermos acompanhados: “Ah e tal, peço desculpa, mas o meu esfíncter tem andado um pouco rebelde. Talvez seja melhor chamarmos o INEM para assistir o Carlos, que é um pouco fraquito dos pulmões.”.
Pura desculpa. Já sabíamos que estávamos “à rasca” para aliviarmos a pressão intestinal, mas decidimos tirar partido da situação e martirizarmos até ao desmaio o gajo que papou a última empada de galinha que estava na mesa. “Ah é?! Pois agora nem vais ter tempo de a saboreares.”.
Ou então (também muito eficaz) alivia-se a pressão da tripa ao pé do mesmo gajo e, se heroicamente não chegar a desmaiar, pode-se sempre atirar com a autoria do feito para o mesmo mamífero.
E com a prática, desenvolvemos estratégias admiráveis, algumas delas exclusivas, que alongariam em demasia esta cogitação.
Mas há mesmo descuidos irreflectidos. Acredito que sim.
Numa destas noites de “triálogos” com o amigo Roberto, cheguei à conclusão que por vezes o descuido também pode ser compelido. É verdade.
Após várias investidas na dissertação robertiana, um dos membros desta tertúlia, lembrou-se que estava na hora de saciar o seu apetite com uma iguaria olisiponense e, distraída com o calor da conversa, compôs uma nova variante para este acepipe, que mesmo sem o degustar, ofereceu quase de imediato ao reservatório dos resíduos sólidos.
É o que se vê. Podia ser pior.

sábado, 18 de agosto de 2007

Singela homenagem

Quando há alguém que parte é sempre duro, é sempre triste. Velho ou novo, doente ou mesmo com saúde, por uma outra infelicidade qualquer, é sempre triste, é sempre duro. Até pode ser que nunca tivéssemos conhecido pessoalmente aquela que partiu, que não fosse do nosso círculo de amizades, até mesmo só de ouvirmos falar e de acompanharmos de alguma forma a sua vida, relatada por uma ou outra pessoa que nos é mais chegada, mesmo sua amiga.
Pois é mesmo essa a situação.
Sinto que quase a conhecia e partiu. Até já tinha uma cara, uma fisionomia sua gravada na minha memória, que era a que usava para a identificar cada vez que me falavam dela.
Sinto que quase a conhecia porque também partilhava e partilho as alegrias e tristezas de quem a conheceu uma vida, sempre que me fala do que viveram juntas, dos azares e das sortes que esta coisa do viver nos oferece.
Sinto que quase a conhecia e, como partiu, também eu estou triste.
E é nestes momentos de morte que devemos dar ainda mais valor à vida, a toda a vida que nos rodeia e pensar, durante esta efémera existência, se valerá a pena andarmos com guerras ou outras merdices do género ou se o que queremos mesmo é tirar partido da vida e sermos felizes.
Pessoalmente já há muito que escolhi a segunda opção
À minha maneira, lembro-me de ti. Lembrar-me-ei sempre de ti.
Até um dia.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

O Complexo Calimeriano


Observei atentamente o blog para o qual vou contribuindo sempre que a "arte" e o tempo mo permitem. Dei por mim a pensar que estas conversas andam excessivamente masculinas. E vai daí decidi arranjar uma secção feminina.
Calma, calma...
Não vou colocar por aqui conselhos amorosos nem vou abrir espaço à discussão dos modelitos a usar na próxima estação Outono/Inverno. Nem pó.
Decidi-me por despejar neste local algumas magníficas considerações sobre a árdua tarefa de ser gaja.
Ser mulher é um daqueles empregos a tempo inteiro e extremamente incompreendido, principalmente pelos elementos do género oposto. Não acreditam? Ai não?? Então examinemos os fundamentos deste meu profundo lamento:
1) Quem é que nos entende naqueles 3, 4 ou 5 (no máximo) dias do mês??? Ninguém! Nem nós!!!
2) Quem é que entende aquela necessidade, quase intrínseca, de usarmos sapatos de salto altíssimo apenas com o objectivo de dar cabo da carola aos gajos com o nosso andar sexualmente bamboleante??? Ninguém! Nem nós!!!
3) Quem é que entende a cuequinha fio dental que teima em alojar-se nos mais mirabolantes locais do nosso artístico corpinho??? Ninguém! Nem nós!!!
4) Quem é que entende que, na verdade, a única coisa que pretendemos é deixá-los imaginar o que está escondido debaixo dos trapinhos escolhidos a dedo??? Ninguém! Nem nós!!!
Pois é...
Mas o que é mais incompreensível no meio de tudo isto é que o fazemos, não para eles, mas sim para ELE. Os outros são apenas vítimas desta nossa vontade avassaladora de sermos o alvo de todos os pensamentos eróticos daquele que, vá lá saber-se a razão, elegemos como "O Tal".
Pois é...

Pré e Póslarica


quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Ausência

Vou sentir falta!!!
Vou sentir a tua falta!!!
As lembranças vão fluindo a uma velocidade quase impossível de digerir, mas, que queres, não consigo evitá-lo.
Vivemos juntas tantas coisas. Boas e más. Partilhámos momentos, minutos, horas, dias. Ouvimos músicas até nos doer a alma. Chorámos até os olhos não verterem nem mais uma gota. Rimos de tudo, de todos, até de nós... E lembro-me...
Lembro-me das tardes em minha casa, com a Janis em pano de fundo (sempre a Janis...), a conversa rolava, os amigos iam e vinham, entravam e saíam, a comida arrefecia nos pratos, os incontáveis cigarros, as jolas sempre barbaramente geladas, o Roberto por companhia... e nós.
Lembro-me das noitadas no Bairro Alto, dos concertos no Coliseu, da Festa do Avante... e nós.
Lembro-me de ti. Lembrar-me-ei sempre de ti.
Até um dia.

sábado, 11 de agosto de 2007

Bilarica


A Família Roberto

Robert Lee Frost (poeta)

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Teddy Bear

Cara amiga e co-postadora, maMOCAsilva, (comentário à postagem “Escrita em dia”).
De facto é verdade que os quilómetros perdidos muito dificilmente se recuperam, podem fazer-se outros, mas os mesmos não, embora com a devida vontade tudo ou uma grande parte se possa recuperar.
A verdade é que a procura destes Ursos nunca foi tão grande como a que afortunadamente se tem verificado nos últimos tempos; só se verificava este fenómeno nas prateleiras mais inferiores relegando o stock das prateleiras superiores para último plano, muitos deles ainda lá permaneciam desde o início.
Pelo que me tenho apercebido, o stock de Ursos da prateleira mais alta está em constante e rápida renovação, pela procura que se verifica deste artigo, ficando actualmente os outros, das prateleiras mais acessíveis, praticamente intocáveis e sem procura alguma.
A sugestão para recuperar os quilómetros de Ursos que poderá considerar perdidos será, em altura de entre um e outro Urso das prateleiras mais altas, ir consumindo alguns daqueles que se situam nas prateleiras mais acessíveis, a que todo o comum mortal chega, quando se aplica. O que se torna simultaneamente vantajoso, uma vez que liberta espaço para armazenar uma maior quantidade de Ursos de maior dimensão.
Desta forma, embora não se consiga efectivamente recuperar a totalidade, mas retoma-se de alguma forma o ritmo normal de consumo, sem necessidade de recorrer a outros métodos, muitas vezes prejudiciais à saúde física e psíquica.
Espero ter sido útil, agora nesta minha elucidação, como de futuro noutras, sempre que necessário.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Admoestação poliédrica

Cara amiga, Graciela de Amarante, (comentário à postagem “Escrita em dia”).
Felizmente ainda temos a sorte de comunicarmos utilizando a Língua Portuguesa, aqui neste nosso (por enquanto) cantinho da Europa. Não me considerando um conhecedor profundo deste veículo, apenas um comum utilizador, saltaram-me à vista algumas "facadas" que, certamente propositadas, deixam transparecer alguns traços de jovialidade, uma vez que os mais novos, por necessidade imposta pela utilização dos telemóveis, não perdem muito tempo com a correcta escrita desta nossa língua. E passo a citá-las:
1ª - contatar - no último Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa a 16 de Dezembro de 1990, ainda não se verificou a apócope da vogal c desta forma infinitiva, por tal se continua a escrever contactar;
2ª - na segunda sentença, a primeira pessoa da forma verbal estar ainda se escreve estou, quando muito, também por apócope da primeira sílaba, se pode escrever dessa forma, mas acompanhada por um apóstrofe 'tou e não tou;
3ª - por último e textualmente vomitado na postagem, as duas últimas frases anulam por completo esta sua dúvida e, se tivessem sido lidas com a atenção que merecem, teriam poupado algum tempo aos dois: "É favor deixarem os respectivos contactos nas charutadas. Paneleirices não, caralho!!! Só senhoras mesmo.".
De qualquer das formas, e se ainda se mantiver o interesse, aqui deixo alguns conselhos para uma eventual regularização quilométrica, que deverá ser iniciada durante a semana prévia ao embate:
- Ginástica matinal suave, 3 sessões de 5 minutos, intervaladas de pausas de 5 minutos, onde deverá flectir as pernas até conseguir aflorar (sem tocar por completo), com os calcanhares, ambos os lábios, a uma velocidade de duas flexões por segundo;
- Descanso de 30 minutos;
- Sessão de autoerotismopornográfico, durante 1 hora, onde poderá utilizar o que considerar mais conveniente, com vista a atingir 1 (um) orgasmo de 5 em 5 minutos;
- Administrar generosamente uma emulsão dermatológica para escoriações (tipo Halibut), aplicando-a directamente na zona pretendida e massajar suavemente em movimentos circulares, várias vezes ao dia, segundo a necessidade;
- No final do dia tomar um duche relaxante, resistindo à tentação de ligar o esquentador.
Muito agradecido.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Escrita em dia

Cientistas estabeleceram que a duração média de uma relação sexual é de 8 minutos.
O pénis entra e sai cerca de 28 vezes por minuto, o que perfaz um total de 224 vezes por cada relação.
Sabendo que o comprimento médio de um pénis é de 17 cms, uma mulher receberá portanto 3.808 cm por cada relação, ou seja 38 mts.Assim, qualquer mulher que faça amor 3 vezes por semana durante as 52 semanas por ano, receberá então 594.048 cms de pénis, ou seja, 5.940 mts.
Cara senhora: se, por algum acaso, não recebeu ou prevê não receber os seus 5.940 mts referentes ao ano em curso, o cavalheiro, autor desta postagem, está disposto, numa base de boa vontade e solidariedade, a ajudá-la a encontrar os metros ou mesmo quilómetros perdidos.
É favor deixarem os respectivos contactos nas charutadas.
Paneleirices não, caralho!!! Só senhoras mesmo.

O Mergulho

Estou de férias.
É verdade estou de férias.
Poderia relatar-vos saídas fantásticas nas noites Lisboetas ou, quem sabe, Algarvias; poderia descrever-vos paisagens soberbas com imensidões oceânicas de vários tons; poderia mostrar-vos fotografias tiradas em locais de sonho escandalosamente caros...
Poderia, mas não vou fazê-lo.
A verdade é que tenho passado uns dias dedicada, quase exclusivamente, ao culto do ócio. Não, não passo os dias sentada no sofá a ver televisão, nem tenho dormido doze horas por dia... Não tenho a cozinha a abarrotar de loiça por lavar, nem a roupa para passar a ferro ocupa as cadeiras da sala impossibilitando que qualquer outra pessoa, sem ser eu própria, se sente à mesa para disfrutar de uma refrescante refeição. Não, nada disso. Falo daquele ócio sentidamente pensado e pensativamente sentido (o trocadilho irrita-me, mas é o que mais se assemelha ao meu estado de espírito).
Que dias... Que noites...
Dias e noites vividos sem pressa, sem correrias, sem horas, sem minutos, sem segundos.
Dias e noites como nunca vivi.
Adormeço e acordo isenta de quaisquer beliscadelas mais profundas, daquelas que irritam, que magoam... Adormeço e acordo embrulhada numa profunda névoa de incríveis sensações.
E dou por mim a saborear cada momento. O maravilhoso café de frasco (que aroma), a salada feita à pressa e sem grandes rigores gastronómicos para mascarar a fome (que sabor), o cigarro fumado numa varandita minúscula (que prazer), o passar excessivamente rápido das horas ao longo das madrugadas (que pena)... Tudo, mas tudo.
E dou por mim com esta vontade de enaltecer a vida, a luz...
Até posso ouvir o meu racional pensamento a gritar bem alto "Será que é delírio?". Até o oiço ao longe, mas desfaço-lhe o som deixando surgir aquela vozita surda que teima em repetir "Não interessa se é delírio ou não... Cultiva estes momentos em ti mesma, vive-os e enaltece-os. Mergulha no desconhecido sem pressas, mas também sem medos. "
Oiço-a!!!
Uma vez mais mergulho em mim (em ti, em nós) sem pressa e sem medo.
Estou de férias.

A Família Roberto

Robbie Williams (cantor)

domingo, 5 de agosto de 2007

A Família Roberto

Roberto Carneiro (professor)

A Família Roberto

Robert Downey Jr (actor)

A Família Roberto

Robbie Williams (cantor)

A Família Roberto

Robbie Williams (cantor)

A Família Roberto

Robbie Williams (cantor)

Mereço-o

Oiço o Woman do Jonh Lennon e penso "Qualquer mulher a quem um homem dedica uma música assim só pode ser porque o merece". Penso, acredito sinceramente nisso e já o tenho dito.
Partindo desta permissa, fiquei embevecida. Embevecida com o que li!!!
E embevecida me embrenhei na ideia de, a mim, ter sido dedicado semelhante texto.
Embrenhei-me e no fim de tanto remoer o assunto, dei por mim a concluir: "Mereço-o!"

A Família Roberto

Robbie Williams (cantor)

sábado, 4 de agosto de 2007

Robywood

Ena Pá 2000 - Quero phoder contigo!!!

Ah, já agora...

Essa merda tem de acabar.
"Ah, já agora..."
Mas "Ah, já agora..." o caralho!
É uma merda que me fode.
Já aconteceu a toda a gente estar numa roda de amigos, quatro ou cinco, e aparecer um outro mamífero, que talvez até possamos conhecer de vista (ainda é pior), que é amigo de um ou de dois dos convivas daquela roda.
O que é que acontece?
O gajo chega, deseja uma boa noite a todos, cumprimenta os conhecidos e, por exigências da etiqueta, cumprimenta os outros que não conhece. Por acaso e por azar, situamo-nos no local mais afastado de onde foi a abordagem inicial do forasteiro e quando chega à vez de nos cumprimentar vomita a seguinte "Ah, já agora...", e estendem-nos a mão, para o respectivo cumprimento. E deixa-nos a pensar "Ah, já agora..." o caralho 'te foda, meu cabrão!, mas, pelas tais exigências da etiqueta (ou o caralho), lá apertamos a mão ao cabrão, sem nunca deixarmos de pensar como seria formidável, muito lógico e altamente educativo, partirmos os cornos ao infiltra.
Até parece que nos 'tá a fazer um favor.
Mete a mão no cú. Ainda se fosses uma gaja boa...

Robywood

Irmãos Catita - Drogado

A Luz

Pois é, caso não saibam, é mesmo verdade. Grande parte dos diálogos que mantenho com o Roberto fazem com que alguns raciocínios se clarifiquem, com que algumas ideias se arrumem, outras se desarrumem para se voltarem a arrumar e algumas certezas apareçam, não muitas, mas aquelas que fazem falta, pelo menos a mim.
Passaram já alguns dias, desde que, em conversa com o Roberto, fui iluminado com uma coincidente e curiosa reflexão. Pois essa reflexão foi sazonando ao longo destes sóis e destas luas de ócio, que teimam em passar tão rápido. Alourada de alguma forma pela fiel e oportuna intervenção do Roberto, é certo, mas criada na sua génese pelo autor destas linhas.
O produto final chegou-me hoje, em altura de recreio rodoviário, assim “Buum”. Mesmo assim. Naquela altura em que se pensa em tudo e em nada, vamos pensando apenas, para exercitar o conteúdo craniano. E atingiu-me como um raio, que me ia partindo e que sempre esteve ali à minha espera, espreitando com toda a paciência do mundo, à espera que eu concluísse o raciocínio.
Posso-me gabar e auto congratular de sempre ter tido mulheres, ao longo da minha (relativamente curta) existência. Vêm e vão. Sem intenção jocoso-erótica de trocadilho. Umas quase que antes de chegar já se foram embora; outras vêm, ficam algum tempo, que é sempre relativo, e vão. E depois há ainda aquelas mulheres que têm um lugar cativo. Um lugar muito especial nos nossos sóis, nas nossas luas (claro), nos nossos corações, nas nossas cabeças e em praticamente tudo o que fazemos.
E aqui o “grupo” divide-se em dois: A Mãe (como não podia deixar de ser) que já lá estava quando nascemos e que permitiu que tivéssemos esse lugar para ela e A Mulher (como também não podia deixar de ser), aquela que é nossa e nós somos dela, agora, neste momento, namorada, companheira, esposa, sem distinção.
Pois foi mesmo aqui nesta altura, que o raio do raio me acertou. Porra, mesmo em cheio.
Em data de coincidentemente ter de, com todo o agrado e felicidade (e algumas prendas à mistura, como compete), parabenizar estas duas pedras basilares da minha existência, explodiu-me na cabeça uma torrente de ligações, já estabelecidas pelo efeito do raio, que iam escavacando o tal recreio rodoviário, entre as quais orgulhosamente destaco uma, muito simples: a luz.
É a luz!
É a luz que me liga a elas duas.
Não o fenómeno físico que observamos todos os dias ou que artificialmente nos mostra o caminho a seguir, qualquer caminho.
É aquela luz que nos foi mostrada à nascença, quando nos pariram (é esse o termo), quando nos deram à luz, e quando ao longo dos anos, e enquanto vivam, nos foram e vão iluminando o caminho, enquanto não temos luz própria, para não tropeçarmos ou cairmos, e mesmo quando isso acontece, lá estão. Lá estão. Incondicionalmente (com as devidas reservas, claro). Mesmo já com luz própria.
E a outra luz. Ai a outra luz… Aquela que nos ofusca cegamente. Ainda há relativamente pouco tempo se acendeu e já me deslumbra como nunca pensei que fosse possível. A luz dos nossos olhos, da nossa cabeça, dos nossos corações, dos nossos sóis e das nossas luas. Aquela para quem nós laboramos com tudo o que sabemos para a manter viva, bem acesa e cada vez mais brilhante e poderosa. Mesmo quando a nossa vacila, se vacilar, por uma qualquer razão, lá está. Lá está. Incondicionalmente (com as devidas reservas, claro). E nos dá vontade de continuar a lutar.
Pois estas singelas linhas vão para essas duas luzes, é a minha modesta homenagem ao seu brilho, à sua existência e ao seu papel como mulheres e como seres humanos. Mais palavras faltariam para as descrever, é certo, mas aqui fica a minha declaração de incapacidade, de até me faltarem as palavras. Ficará para outra conversa.
Quero mantê-las acesas, bem acesas, por muito tempo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Uma questão de género.

Há uma merda que me anda a chatear (chatear que é como quem diz) a cabeça já há algum tempo. Não me faz muita mossa, mas é uma questão que gostaria de ver resolvida. Não que a sua resolução traga alguns benefícios de grande relevo ao curso normal das nossas vidinhas, mas acaba por, de alguma forma, nos deixar uma decisão algo pantanosa no momento de escolher e utilizar, no âmbito desta nossa língua riquíssima (expressão que também poderá dar pano para mangas) o género para um género alimentar (cá está, género): tomate.
Já tenho ouvido várias versões, mas continuo a pensar, talvez erradamente, que a minha é a que está certa, digo eu.
A(s) tomate(s), fruto do tomateiro, embora impropriamente considerado como legume pelos leigos, muito utilizado na cozinha mediterrânica. Género feminino;
O(s) tomate(s), geralmente utilizado no plural, visto, de uma forma mais vernácula e popular, fazer referência aos testículos, gonada sexual masculina dos animais sexuados produzindo as células de fecundação, chamadas de espermatozóides. Género masculino.
Ainda que me digam que estou errado e mo comprovem por A+B, continuo a considerar estranho dizer a um gajo, no momento de fazer uma salada ou um gaspacho e armado com uma faca "Epá, passa-me aí os tomates para pôr aqui". Se me dissessem isso a mim até era capaz de responder "Foda-se, é o dás. Mete os teus, olha que caralho!".
E mesmo que não responda, pensa-se sempre qualquer coisa de carácter menos gastronómico, do género a companheira perguntar "Amorzinho, trouxeste os tomates que eu te pedi?" e nós respondemos "Sim, amorzinho, claro que trouxe.", se bem o que nos apetece responder ou pelo menos pensamos é "Oh amorzinho, ando sempre com eles, como tu sabes, eheh." ou "Não, não trouxe os que pediste, mas trouxe os meus que são melhores, eheh" ou ainda "Não, amorzinho, os que pediste não havia, trouxe foi de porco...". E por aí fora.
Em resumo o que eu penso é que se fôr no feminino nos estamos a referir à tomate para alimentação, culinária, gastronomia; no masculino, os tomates, nos estamos a referir aos ditos, vulgo colhões.
Até é melhor assim, para não desviar certas conversas que se pretendem mais sérias, para uma segunda intenção mais erótico-pornográfica.
Os espanhóis é que têm verdadeiros problemas com estas merdas. Para eles los cojones são los huevos (ovos). Aí é que não há fuga possível com o género.
Chega inclusivamente a sobrar para nós, portugueses.
Tenho um amigo que precisou de comprar ovos, em Espanha, entrou numa loja e dirigiu-se muito educadamente à senhora, perguntando "Tiene huevos?", ao que a senhora lhe respondeu com um ar elucidativo "Yo no, pero mi marido si. Dos tiene."

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Robywood

Pink Floyd Reunion - Wish You Were Here

A Família Roberto

Robert Boyle (físico)