sábado, 18 de agosto de 2007

Singela homenagem

Quando há alguém que parte é sempre duro, é sempre triste. Velho ou novo, doente ou mesmo com saúde, por uma outra infelicidade qualquer, é sempre triste, é sempre duro. Até pode ser que nunca tivéssemos conhecido pessoalmente aquela que partiu, que não fosse do nosso círculo de amizades, até mesmo só de ouvirmos falar e de acompanharmos de alguma forma a sua vida, relatada por uma ou outra pessoa que nos é mais chegada, mesmo sua amiga.
Pois é mesmo essa a situação.
Sinto que quase a conhecia e partiu. Até já tinha uma cara, uma fisionomia sua gravada na minha memória, que era a que usava para a identificar cada vez que me falavam dela.
Sinto que quase a conhecia porque também partilhava e partilho as alegrias e tristezas de quem a conheceu uma vida, sempre que me fala do que viveram juntas, dos azares e das sortes que esta coisa do viver nos oferece.
Sinto que quase a conhecia e, como partiu, também eu estou triste.
E é nestes momentos de morte que devemos dar ainda mais valor à vida, a toda a vida que nos rodeia e pensar, durante esta efémera existência, se valerá a pena andarmos com guerras ou outras merdices do género ou se o que queremos mesmo é tirar partido da vida e sermos felizes.
Pessoalmente já há muito que escolhi a segunda opção
À minha maneira, lembro-me de ti. Lembrar-me-ei sempre de ti.
Até um dia.

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