quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A Natureza

A Natureza é bonita, é justa, é nossa amiga.
Nem sempre. Sim, nem sempre.
Por mais cálculos que se façam, por mais amanhada e despachada que uma pessoa seja, por mais que a tentemos ignorar com artefactos e vontades, nem sempre a Natureza está do nosso lado. Mas enfim, o que é que se pode fazer? Nada. A Natureza é assim mesmo. Temos de nos conformar e pronto. E muito bem.
“Ah e tal, vou dar-vos mais uns diazitos, mas depois já sabem…” diria a Natureza, do alto do seu impreterível fado, mas não, implacável, não há pão para malucos.
Se a situação fosse outra, até se tinha resolvido bem a coisa com umas folhas de lixa, como é prática habitual, ignorando lascivamente os seus desígnios monocromáticos.
Enfim, enquanto esperavam que o filho de Erebo e da Noite desse com eles, lá se entreteram em “exigências e promessas”, até então bloqueadas pelas circunstâncias, daquelas verdadeiras e sentidas, daquelas de bandear o músculo.
Para o ano sim, a Natureza vai ser amiga, mas para o ano vai ser diferente. Bom na mesma, mas diferente.
Daqui a três décadas (quase) existem fortes probabilidades para que a “gracinha” não se repita, de acordo com a Natureza. Até lá, quaisquer meia-dúzia de folhas de lixa resolvem facilmente a situação.
Sem espinhas.

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