sábado, 21 de julho de 2007

... a triste sina...

A verdade, meus amigos, é que todos andamos a tentar fugir à triste sina que nos impingem à nascença.
Só para começar, foi-nos impingido um rectângulozito à beira mar plantado, lindo é certo, mas mesmo assim um rectângulozito. Ora, para alguém como eu, um rectângulozito é manifestamente pouco.... Prefereria, obviamente, um icoságonozito (no mínimo!!!).
Bem, adiante...
Estamos pois confinados geometricamente e, como se não bastasse, ainda por cima limitados pelo peso histórico de termos sido os mais destemidos e inteligentes, algures lá nos confins da nossa história.
Ora, estando confinados, o que é que pretendemos???? Sair... Mudar de ares... Espairecer... Tomar um banho de cultura e também de luxo (porque não?)... E vai daí, pimba... Saímos!...
Estamos então fora, não é verdade??? E agora??? Está bom de ver... Como qualquer turista que se preze, devemos portar-nos mal. Mal assim do tipo: no restaurante, chamar o empregado com um simpático "Ó Cabrão!..."; roubar os sabonetes do hotel depois, mas só depois, de ter dado umas valentes quecas na cama, no chão, na banheira, na BANCADA da casa de banho, dentro do armário, em cima da cadeira, na varanda do quarto, enfim....
Agora estamos a portar-nos mal e então o que é acontece???
(Dou-vos algum tempo para pensar...)
... ... ... ... ... ... ...
Já está...?
... ... ...
Continuemos...
Estejamos nós onde estivermos há sempre um Português, mas é que há mesmo... E nós a portar-nos mal. E aqui entorna-se o caldo. "Então vocês, fazem coisas dessas? Então vocês já viram a imagem que dão do país?..." E nós nas tintas para o país, porque a queca dada no Coliseu de Roma tinha sido homicidicamente (será que existe?) divinal... Uuiii...
E resta-nos voltar para o nosso cantinho!!!
Triste sina a nossa!...
Triste sina!...

maMOCAsilva (assumidamente gaja, e ainda bem...)

Um comentário:

Anônimo disse...

Parece mesmo ter sido escrito com uma outra intenção. Engraçado.
Vou solicitar à(s) leitora(s) mais atenta(s) e conhecedora(s) que faça(m) comigo o seguinte exercício de raciocínio; vamos substituir a primeira expressão do segundo parágrafo (só precisa a primeira) "um rectângulozito", pela expressão "o 5", e reler o texto traduzindo-o para o contexto que a expressão proposta sugere. Engraçado, não é?!